Guia Prático: Dê Seus Primeiros Passos no Mundo das Criptomoedas

Descubra como as criptomoedas funcionam, suas utilidades e como começar a investir nesses ativos digitais.

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1/27/20255 min read

A smartphone displays a cryptocurrency app interface with logos of different cryptocurrencies like Bitcoin, Dogecoin, and Stellar. The app includes sections for various collections like DeFi and Web 3.0, with the number of cryptos listed under each.
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Guia para Iniciantes no Mundo das Criptomoedas

Quem acompanha o mercado financeiro, mesmo que de forma distante, provavelmente já se impressionou com as oscilações drásticas das criptomoedas que frequentemente aparecem no noticiário. Desde a criação do Bitcoin – o pioneiro e mais famoso desses ativos – inúmeras outras moedas digitais surgiram e conquistaram relevância nos últimos anos.

Mas o que são, afinal, as criptomoedas? Como funcionam e como é possível negociá-las? Este guia foi elaborado para ajudar quem deseja dar os primeiros passos nesse universo inovador e tecnológico. Acompanhe os próximos parágrafos e familiarize-se com o mundo das moedas digitais.

O Guia Definitivo para Criptomoedas (eBOOK)

O que são criptomoedas?

De forma geral, uma criptomoeda é uma forma de dinheiro completamente digital, sem vínculo com governos ou autoridades centrais – diferente de moedas como o real ou o dólar.

Fernando Ulrich, autor do livro Bitcoin: A moeda na era digital, utiliza uma analogia simples para esclarecer o funcionamento desse ativo: “O que o e-mail fez com a informação, o Bitcoin fará com o dinheiro”.

Antes da internet, enviar mensagens dependia de intermediários como os serviços postais. Da mesma forma, as criptomoedas eliminam a necessidade de instituições financeiras para transferir valores.

“No caso do Bitcoin, é possível transferir fundos de A para B, em qualquer parte do mundo, sem precisar confiar em um terceiro para realizar essa tarefa”, afirma Ulrich em sua obra.

Este é apenas o ponto de partida para compreender como as criptomoedas estão transformando a economia digital.

A Origem das Criptomoedas

Embora o Bitcoin seja a criptomoeda mais famosa, o conceito que sustenta essas moedas digitais surgiu antes dele. Em 1998, Wei Dai propôs a criação de um sistema monetário baseado em criptografia, como descrito no site Bitcoin.org, gerido pela comunidade do Bitcoin. Sua ideia era usar a criptografia para controlar a emissão e as transações de uma nova forma de dinheiro, eliminando a necessidade de uma autoridade central, como ocorre com as moedas tradicionais.

As Funções das Criptomoedas

As criptomoedas possuem três funções principais:

  • Meio de troca: facilitam transações comerciais de maneira descentralizada e eficiente.

  • Reserva de valor: permitem armazenar riqueza, protegendo o poder de compra ao longo do tempo.

  • Unidade de conta: possibilitam calcular preços de produtos e serviços.

Contudo, como ressalta Fernando Ulrich, autor de Bitcoin: A moeda na era digital, o Bitcoin e outras moedas ainda não são amplamente utilizados como unidade de conta devido à sua volatilidade.

O Que é Mineração?

A mineração é o processo pelo qual as transações de criptomoedas são verificadas e registradas. As moedas digitais, como o Bitcoin, são representações de códigos complexos protegidos por criptografia, garantindo a segurança e a imutabilidade das transações.

Como não há uma autoridade central, a validação é feita por usuários, que utilizam computadores para registrar as transações em uma rede chamada blockchain.

O Blockchain

O blockchain é um banco de dados público que funciona como um livro-razão digital, contendo o histórico completo de todas as transações realizadas com cada unidade de criptomoeda. Quando uma nova transação é realizada, ela é verificada em relação ao blockchain, garantindo que os mesmos ativos não sejam usados mais de uma vez.

Essa tecnologia é a base não apenas do Bitcoin, mas também de muitas outras criptomoedas, destacando-se como uma inovação transformadora no cenário financeiro global.

Como Funciona a Mineração de Criptomoedas?

Os mineradores são os responsáveis por registrar transações no blockchain. Para isso, eles disponibilizam o poder de processamento de seus computadores, garantindo a validação e a segurança das operações realizadas com moedas digitais. Como recompensa pelo trabalho, recebem novas unidades da criptomoeda minerada.

No caso do Bitcoin, novos blocos de transações são incluídos no blockchain à medida que a rede de milhares de computadores resolve problemas matemáticos extremamente complexos. Esses cálculos confirmam a validade das transações, assegurando que tudo esteja em conformidade.

A mineração também é o mecanismo de criação de novas unidades de muitas moedas digitais. À medida que mais computadores são adicionados à rede, o sistema ajusta a dificuldade dos problemas matemáticos, limitando o ritmo de mineração e garantindo o controle da emissão das moedas.

A Volatilidade das Criptomoedas

O preço das criptomoedas é regido pela lei da oferta e da demanda. Quando o interesse por esses ativos aumenta, a procura cresce e, consequentemente, os preços tendem a subir.

Porém, o mercado de criptomoedas ainda é relativamente pequeno, e mesmo um volume limitado de operações pode provocar grandes oscilações nos preços.

Um exemplo notável ocorreu em 2017, quando o valor do Bitcoin subiu de aproximadamente US$ 4.370 para US$ 13.800 em apenas três meses. No entanto, pouco mais de um ano depois, o preço recuou drasticamente para cerca de US$ 3.500.

Essa alta volatilidade pode gerar oportunidades significativas para investidores, mas também apresenta riscos elevados, tornando essencial entender bem o mercado antes de se expor a ele.

Principais Criptomoedas e o Mercado de Investimento Digital

Bitcoin (BTC)

A primeira e mais conhecida criptomoeda, o Bitcoin, foi criada em 2008 por Satoshi Nakamoto (pseudônimo de uma pessoa ou grupo não identificado). Seu objetivo era criar um sistema financeiro descentralizado, substituindo o dinheiro físico e eliminando intermediários, como bancos.

Seu fornecimento é limitado a 21 milhões de unidades, com a última moeda prevista para ser minerada em 2140. O Bitcoin é a base do mercado de criptomoedas, sendo amplamente aceito como reserva de valor.

Ethereum (ETH)

Originalmente criado como "Ether", o Ethereum é mais do que uma criptomoeda; é uma plataforma para executar contratos inteligentes (smart contracts), permitindo a criação de aplicativos descentralizados.

Após um ataque hacker em 2016, a comunidade Ethereum se dividiu, dando origem ao Ethereum Classic (original) e ao Ethereum atual. Em 2022, o Ethereum migrou para o sistema Proof-of-Stake (PoS), que substitui a mineração por validações realizadas por quem possui a moeda.

Tether (USDT)

Lançada em 2014, a Tether é uma stablecoin com paridade ao dólar americano. Isso significa que, teoricamente, cada Tether em circulação é lastreado por um dólar ou ativos equivalentes. Apesar das críticas sobre a transparência de suas reservas, a Tether é amplamente usada em transações devido à sua menor volatilidade.

Bitcoin Cash (BCH)

Criado em 2017, o Bitcoin Cash é uma versão do Bitcoin que oferece taxas mais baixas e maior velocidade de transações. Ele possui blocos maiores (8 MB contra 1 MB do Bitcoin original), permitindo maior escalabilidade e adaptação ao uso diário.

Ripple (XRP)

Mais do que uma moeda digital, o Ripple é um sistema de pagamento distribuído. Sua rede suporta transações de diversos ativos, incluindo moedas tradicionais, permitindo pagamentos instantâneos e seguros. Ao contrário de outras criptomoedas, o Ripple colabora com instituições financeiras tradicionais.

Litecoin (LTC)

Desenvolvido em 2011 por Charlie Lee, o Litecoin é semelhante ao Bitcoin, mas com transações mais rápidas e maior limite de emissão (84 milhões de moedas). É projetado para facilitar pagamentos diários.

Solana (SOL)

Lançada em 2020, a Solana destaca-se pela alta velocidade e baixo custo, sendo ideal para a criação de ativos digitais, NFTs e aplicativos descentralizados. É considerada uma forte concorrente do Ethereum.

Vantagens de Investir em Criptomoedas

  • Liberdade de pagamento: transferências globais instantâneas.

  • Taxas baixas: custos menores em comparação com sistemas tradicionais.

  • Segurança: transações protegidas por criptografia e sem informações pessoais vinculadas.

  • Transparência: informações públicas e imutáveis registradas no blockchain.

Riscos de Investir em Criptomoedas

  1. Volatilidade: preços instáveis que podem levar a perdas significativas.

  2. Segurança digital: risco de perda de ativos devido a ataques hackers ou descuido na proteção das carteiras.

  3. Aceitação limitada: o uso ainda está restrito em algumas transações comerciais.

Como Investir em Criptomoedas

  • Fundos de criptomoedas: geridos por especialistas, são uma opção para investidores iniciantes.

  • Corretoras (exchanges): permitem a compra direta de moedas digitais.

  • Aceitação como pagamento: uma alternativa para negócios que desejam receber em criptomoedas.

  • Mineração: requer equipamentos avançados e conhecimento técnico, mas é uma opção viável para criar novas moedas.

Investir em criptomoedas pode ser uma oportunidade promissora, mas é essencial entender o mercado e adotar estratégias de gestão de risco.